O vereador Oliveira Junior foi desmascarado em uma entrevista à TV Brazil Web nesta terça-feira (1°), ao afirmar que o sistema de saúde de Águas Lindas de Goiás está sobrecarregado por pacientes vindos do Distrito Federal (DF). No entanto, dados oficiais revelam o contrário.

Durante o período de 2023 a julho de 2024, foram realizados 579.978 procedimentos ambulatoriais para pacientes de Águas Lindas no DF, enquanto o município recebeu apenas 8.120 atendimentos de pacientes do DF. Isso significa que, para cada 1 procedimento em Águas Lindas, foram realizados cerca de 71 procedimentos no DF. A maioria desses atendimentos envolve a entrega de medicamentos de alto custo, um serviço fundamental prestado pelo DF, com um total de 515.726 atendimentos realizados.

Além disso, foram contabilizadas 14.166 internações de pacientes de Águas Lindas nos hospitais do DF, enquanto apenas 17 pacientes do DF foram internados em Águas Lindas. Essa discrepância gritante, com 832 internações de Águas Lindas no DF para cada internação no sentido oposto, mostra claramente a dependência do município dos serviços de saúde do Distrito Federal.

Os hospitais do DF, como o Hospital Regional de Brazlândia, o Hospital Regional de Taguatinga e o Hospital Universitário de Brasília, são os principais locais que absorvem essa demanda. As Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do DF também desempenham um papel fundamental, atendendo 31.010 pacientes de Águas Lindas, sendo a UPA de Brazlândia responsável por 42% desses atendimentos.

É evidente que é o sistema de saúde do DF que está sobrecarregado com a demanda de Águas Lindas, e não o contrário, como foi alegado pelo vereador. O DF é responsável por 49% das internações de pacientes que necessitam de leitos hospitalares na Região Integrada de Desenvolvimento do DF e Entorno, da qual Águas Lindas faz parte.

Diante desse cenário, a gestão do prefeito Lucas Antonietti, da qual Oliveira Junior faz parte, enfrenta críticas severas, especialmente devido à terceirização dos serviços de saúde para aliados políticos, resultando em um endividamento significativo e em um colapso na saúde local. Surge, então, a pergunta: o que Oliveira Junior realmente fez pela saúde de Águas Lindas nos últimos quatro anos?