Paula Belmonte surge como opção da terceira via para o eleitor que busca mais equilíbrio e menos confronto
As eleições de 2024 deram um recado: o eleitorado está cada vez menos interessado na polarização ideológica que marcou os últimos anos e mais disposto a apoiar candidatos que busquem equilíbrio e diálogo. Aqui, no DF, há várias especulações sobre nomes de figuras mais equilibradas que poderiam enfrentar a vice-governadora Celina Leão (PP) nas urnas. Um deles é o da deputada distrital Paula Belmonte, hoje filiada ao Cidadania.
Com bom trânsito entre base e oposição, ela se orgulha em ser “independente” na Câmara Legislativa. E foi lembrada como uma opção da chamada “terceira via” pelos leitores do Blog do Cafezinho. Novata na política (foi eleita deputada federal em 2018 e distrital em 2022), ela não tem vínculos rígidos com a extrema direita ou a esquerda radical. E, se candidata for, esta seria a primeira vez dela na disputa majoritária.
Paula vive um ano movimentado na Câmara: primeira mulher a compor a Mesa Diretora, ela começou a legislatura como segunda vice-presidente; foi empossada Procuradora Especial da Mulher e, agora, vai presidir a CPI do Rio Melchior.
Considerando o cenário de 2024 uma tendência, a disputa ao Governo do Distrito Federal deve favorecer nomes como o dela, que transitam bem entre diferentes espectros políticos e que demonstram capacidade de diálogo e independência. Com um discurso propositivo e uma imagem associada à renovação política, a distrital pode se tornar uma alternativa viável para aqueles que querem um governo mais equilibrado e eficiente.
A atuação de Paula na Câmara Legislativa tem sido marcada pela defesa de pautas sociais, empreendedorismo feminino, fiscalização dos recursos públicos e busca por transparência. É uma das deputadas mais propositivas na Casa. E são os próprios servidores quem constatam isso.
Além da experiência parlamentar, o envolvimento com temas essenciais para o DF, como saúde, educação e gestão eficiente, a colocam em uma posição favorável para a disputa.
Sem confronto
Nos últimos anos, o Brasil viveu um ambiente político marcado por embates intensos entre esquerda e direita, em que a polarização se tornou a principal estratégia de muitas campanhas. No entanto, o desgaste desse modelo ficou evidente nas eleições municipais. Candidatos que apostaram na moderação e na capacidade de construir pontes, em vez de reforçar divisões, tiveram mais chances de sucesso.
Essa mudança reflete uma fadiga do eleitor com discursos agressivos e políticas baseadas no confronto. Em uma unidade da federação com desafios complexos na saúde, na educação, na mobilidade e na gestão, a população clama por lideranças que tragam soluções concretas, em vez de apenas reforçar antagonismos.